Como contratar uma babá?
- Daniela Costa
- 7 de ago. de 2015
- 4 min de leitura

Foto: revista Época Negócios
Dentre as perguntas que mais recebo sendo mãe de trigêmeos, sem dúvida a mais difícil de se responder é: “Você tem recomendação de babá/empregada doméstica? Encontrar uma boa profissional nesta área ainda é um grande desafio para nós “mães que trabalham fora”. Sem uma boa equipe em casa, jamais poderia ter chegado até aqui (hoje os meninos têm 7 anos). Como vocês devem imaginar, a chegada dos trigêmeos alterou totalmente a rotina da casa e tudo o que eu achava que seria suficiente, não era; a casa ficou pequena demais, no carro não cabiam 3 bebês conforto, a única empregada da casa não dava conta de me ajudar com a casa e as crianças e tive, como mencionei, que montar uma equipe que pudesse me ajudar para que eu pudesse voltar a trabalhar e me concentrar no dia-a-dia da empresa e dos negócios. Porém este processo foi bastante complicado. Entrevistei mais de 50 profissionais e posso afirmar que apesar de toda esta valorização da categoria incluindo a nova lei dos empregados domésticos de 2015 e a conquista de novos benefícios, o nível das profissionais ainda é muito baixo. A falta de educação, treinamento e experiência são os pontos mais críticos o que nos leva a uma certa inconsistência. Tanta valorização deste tipo de profissional não deveria ter impactado na qualificação do mesmo? Hoje, buscamos profissionais que possam cuidar das crianças com amor e carinho (nossa prioridade) mas também, que possam nos ajudar com a gestão da casa (vejam que usei a palavra gestão, algo amplo pois vai muito além da limpeza). Além disto, com o crescimento das crianças, o acompanhamento da rotina, horários de lição de casa e atividades extra curriculares passaram também a ser prioridade. Realmente, é muito difícil achar estas profissionais mas, felizmente, consegui. Tenho hoje 2 excelentes funcionárias que realmente são diferenciadas. Uma está comigo há mais de 10 anos e a outra cumpriu 6 anos de casa. Então, como garantir a melhor contratação e uma relação de longo prazo com a sua funcionária? Aqui vão algumas dicas: Onde buscar uma profissional? Além de agências especializadas, referências são um ótimo caminho. Com os novos canais de comunicação (grupos de mães da escola no Whatsup) e mídias sociais, fica bem mais fácil pegar indicações da amiga da amiga, …
Uma boa entrevista…
Entenda os motivos pelo qual a profissional está buscando o trabalho, quais as suas necessidades e o grau de dependência que ela tem com o próprio emprego (principalmente financeiramente falando). Se tiver experiência, sempre verifique as referências perguntando de forma muito clara ao empregador anterior temas de seu maior interesse como por exemplo confiabilidade, higiene, relação da profissional com as crianças da casa, motivo de sua saída (um ponto bastante crítico) entre outros. Tive uma referência que me disse: “ela é uma santa”… contratei na hora!
Treinamento
Falamos muito sobre treinamento das profissionais. Quando minha funcionária que cuidava da casa passou a me ajudar com os meninos, ofereci um treinamento de babás e primeiros socorros para ela e ela aceitou na hora. São muito válidos estes cursos pois ensinam temas importantes como por exemplo a “manobra de engasgo” que eu mesma tive que fazer uma vez quando um dos meninos engasgou…foi um sufoco!
Siga seus “instintos”
Empatia com a profissional muitas vezes pode ser a “chave do negócio”. É claro que a empatia pode estar associada num primeiro momento com a apresentação da profissional… por isto, não delegue esta função a ninguém e fique atenta para separar o que é só uma “embalagem” bonita.
Regras claras
Deixe as regras claras desde o momento da entrevista e peça para que ela leia e se comprometa com elas. É isto mesmo, documente suas regras! Eu particularmente preparei a “Cartilha da Dani” que consistia em um guia de regras que tinha que ser seguido por todas as profissionais da casa, sem exceção: empregada, babá (diurna e noturna), folguista, faxineira… É claro que as regras voltadas aos cuidados com os bebês e crianças são aplicadas apenas para as babás mas as regras associadas com os cuidados pessoais como uniforme e cuidados com a casa como organização e desperdício de água e comida por exemplo, devem valer para todas.
Oferta / Pagamento
Como as profissionais são mais valorizadas, se quiser mantê-las (a rotatividade nesta área é um grande desafio… hoje existem regras em convenções de condomínio que regulamentam até este tema) você tem oferecer uma remuneração atrativa. Como sou da área comercial, acredito muito em “campanhas de incentivos”; se sua funcionária tiver comportamento exemplar como não faltar, uniforme impecável, … vale à pena premiá-la! Pode ser um bônus, um presente, milhas da TAM (ha ha ha) o que vocês acharem conveniente mas lembre-se, você deve explicar o porque da premiação para que fique claro o motivo pelo qual você a está premiando.
Equipe
Se você tiver mais de uma funcionária é importante criar um espírito de “equipe” em sua casa ou sua vida poderá ficar muito, mas muito difícil. Uma outra dica é ter cuidado com a remuneração para evitar inconsistências pois este é o primeiro tema da “reunião de equipe” a qual você não será convidada. Isto não quer dizer que você não possa ter salários diferentes, mas você deve ter justificativas como mais experiência, mais tempo de casa… para não desmotivar ninguém.
Relacionamento
Lembre-se que sua funcionária passa mais tempo com seus filhos do que com os dela (no caso dela ter filhos). Converse com ela para conhecer mais de seus filhos, de sua rotina e veja sempre como pode ajudá-la. Lembre-se que assim como você ela é mãe e também se esforça para dar o melhor para eles e ao mesmo tempo participar do dia-a-dia deles. Por isto, seja compreensiva com pedidos de ausência para participação em reuniões de escola por exemplo. Bom, acho que estes são os principais pontos de atenção ao contratar uma babá/empregada doméstica. Como meus trigêmeos estão com 7 anos as coisas na minha casa já estão mais simples… para uma casa com trigêmeos!
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